Quanto mais quente melhor (1959)

Título original: Some like it hot

País: Estados Unidos

Duração: 2 h e 00 min

Gêneros: Comédia, romance

Elenco Principal: Marilyn Monroe, Jack Lemmon, Tony Curtis, Joe E. Brown

Diretor: Billy Wilder

IMDB: http://www.imdb.com/title/tt0053291/


Citação: “Ninguém é perfeito!”


Opinião: “Diversão garantida do início ao fim da exibição.”


Aquela famosa frase: “nobody is perfect” – já mostrada acima -, que, pelo menos aqui no Brasil, é usada como bordão, roteiro fácil, leve e fluido, piadas ácidas e inteligentes, situações mirabolantes e inusitadas, Marilyn Monroe no auge de sua sensualidade em mais um papel de loira sexy e ingênua, Jack Lemon e Tony Curtis travestidos de mulher e engraçadíssimos, Billy Wilder, um dos maiores cineastas do cinema mundial, no auge de sua criatividade, e dirigindo um filme cujo gênero cinematográfico marcou a sua carreira, a comédia romântica. Pontos de interesse abundam nessa obra cinematográfica espetacular do cinema americano e, por que não, mundial. Um filme atemporal, que provoca boas gargalhadas até os dias de hoje, apesar de ter sido produzido há mais de meio século.

Eis a sinopse: “O filme conta a história de dois músicos desempregados, Joe e Jerry, que presenciam um assassinato e, para fugir dos assassinos, abraçam o primeiro emprego que lhes aparece: tocar numa banda só de garotas que vai embarcar em um cruzeiro para tocar em uma convenção em Miami por três semanas. Os dois se vestem de mulher, adotam novos nomes, Josephine e Daphne, e viajam junto com a banda. Ainda no navio, conhecem a bela, sensual e desinibida vocalista da banda, Sugar – nome mais sugestivo impossível.  O problema começa a se delinear quando eles se apaixonam por Sugar, um milionário se apaixona por Daphne – a versão feminina de Jerry – e os bandidos do começo do filme se hospedam no mesmo hotel do evento.”

Na Chicago de 1929, inicialmente em ambientes escuros que lembram bastante um filme noir, muito comuns na época da produção do filme em tela, em meio a contrabandistas e assassinos, uma história cômica se desenvolve por um simples motivo: estar no lugar errado, na hora errada. Nem parece que se trata de uma comédia. Após o fato gerador de problemas da trama ter ocorrido, a veia cômica de Billy Wilder coloca os personagens em situações divertidíssimas e concede a eles motivações amorosas ou financeiras ao buscarem aproximação com o sexo oposto – ou com o mesmo sexo, a depender da situação.

A atração principal do filme é a obrigatoriedade de Joe e Jerry se disfarçarem de mulher para escapar dos bandidos ao se “esconderem” dentro da banda. Assim, eles passam a vivenciar o universo feminino e têm muita dificuldade em lidar com isso. Eles passam a enfrentar o assédio masculino e têm que andar, e até correr, de sapatos altos. O pior de tudo é ludibriar os hormônios masculinos em ebulição, ao estarem entre muitas mulheres – muitas vezes à vontade e com pouca roupa -, e, principalmente, diante da sedutora Sugar, que tira os rapazes do sério. Outro ponto bastante interessante é o fato de os dois amigos se apaixonarem pela mesma mulher. Com isso, tapetes são puxados e ciúmes e sabotagens aparecem a todo momento entre eles. A presença do personagem milionário, Osgood, um idoso muito excêntrico, merece também grande destaque. Literalmente, a comicidade está estampada em sua face – assistam ao filme, pois o entendimento dessa afirmação será automática. Tudo isso é uma fonte inesgotável de risos e diversão para os espectadores.

Por tudo isso, considero “Quanto mais quente melhor” a minha comédia favorita e uma das melhores da história da sétima arte. É um filme para esquecer os problemas da vida, para desopilar, para trazer alegria, pois proporciona entretenimento fácil e divertimento em abundância. São duas horas que passam voando e serão inesquecíveis para quem tiver a oportunidade de vivenciá-las. Elogiei muito o filme, e, sinceramente, não tenho como evitar. Peço até desculpas, pois comentar um filme do qual sou fã se torna uma tarefa deveras passional.

Além de tudo que já foi citado, ainda deixo um recado para os leitores masculinos, que funciona como cereja do bolo: Marilyn em muitas cenas atua com roupas transparentes – e às vezes molhadas -, porque, como planejou o mestre Billy Wilder, “some like it hot”!

O trailer segue abaixo.

Adriano Zumba


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