Os colonos (2023)

Título original: Los Colonos

Título em inglês: The settlers

País(es): Chile, Argentina, Reino Unido, Taiwan, Alemanha, Suécia, França, Dinamarca

Duração: 1 h e 37 min

Gênero(s): Crime, drama, faroeste, história

Elenco principal: Mark Stanley, Sam Spruell, Alfredo Castro

Diretor(a): Felipe Gálvez Haberle

IMDB: https://www.imdb.com/title/tt10370812/

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Sinopse: Chile, 1901. Um rico proprietário de terras contrata três cavaleiros para demarcar os limites de sua propriedade e abrir uma rota para o Oceano Atlântico, através da Patagônia. A expedição, composta por um jovem mestiço chileno, um mercenário americano e um imprudente tenente britânico, logo se transforma em uma incursão “civilizadora”.

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NO WESTERN SPAGHETTI À SULAMERICANA, UMA DURA REALIDADE.

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Eis que nos meandros da América do Sul, consegue-se extrair um excelente Western Spaghetti. Com várias nuances que nos levam até esse malfadado e pouco compreendido subgênero que nos apresentou inesquecíveis pérolas ao longo dos tempos, porque não considerar este também.

Porém, no western spaghetti que conhecemos lá dos rincões da Europa, é divertido ver roteiros e histórias que nos divertem, mesmo que muitas tenham algo ligado à realidade. Porém o western spaghetti sulamericano tem uma verdade dura e crua realidade, em geral derivada do grande período de colonização em que vários povos foram dizimados.

A câmera de Felipe Galvez Haberle consegue nos transportar para o inóspito através das paisagens desoladoras e selvagens da Terra do Fogo, numa sinfonia de belas imagens.

Num lugar tão “abandonado por Deus”,  é cada um por si e se manter à luz da sobrevivência é o que importa. É um retrato cruel de quem geralmente está em pior situação de “abandono”. “Os Colonos“, mostra com indignação a chegada, não daqueles colonos do western spaghetti europeu, mas do western spaghetti sulamericano. Com força total, limpando e conquistando.

O belo do filme é permitir uma narrativa sem heroísmos baratos, apenas o real dentro de um cenário em que os fins não justificam os meios e nem os começos.

Há muitos colonos e muitos “colonos”. Que alegria conhecer e ler sobre os colonos que, com o suor e luta contra todas as incertezas e agruras, conseguiram se situar, passando a história de luta de geração em geração, como exemplo de que o trabalho é uma virtude.

Que tristeza conhecer e ler sobre os “colonos”, essse mesmos que estão entre aspas, que de colonos não têm nada, que, com suor e mãos de ferro, conquistaram o que queriam conquistar, não importando os meios que utilizassem. Um rastro vermelho que a história não pode apagar. Viva os colonos, e não “os colonos”.

Obs.: Indicado pelo Chile ao Oscar de Melhor Filme Internacional em 2024.

O trailer com legendas em espanhol segue abaixo.

Adaílson Tavares

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TRAILER